sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Puff

Estava lendo Tati Bernardi. Ela tem um site novo: tatibernardi.com.br, com o www claro. Era o mesmo site velho, mas com o layout diferente. Ela sabe que é sempre bom renovar o layout. Sempre que dá. Ela é mulher. Aliás, um dia desses recebi um elogio sinistro de um carinha aqui: - Padrão o seu layout. Tentei interpretar como: - Gostei de você ter combinado blusa com calça.
Pois bem. Estava lendo os posts antigos. Pois já li todos atuais. É isso que faço no horário de almoço para não parecer que estou desperdiçando meu tempo olhando a tela do computador em branco (lê-se: site do uol, facebook, gmail) e principalmente porque todos voltam em 10 minutos do restaurante e eu mal tive tempo de me encostar em algum lugar para curtir a solidão.
A falta de um sofá, poltrona, cama, rede ou puff chega a doer meu coração. Embora eu saiba que eu poderia trabalhar em uma loja de colchões com permissão pra tirar uma sonequinha depois do almoço que mesmo assim eu não iria. Não na presença de alguém.
Tem coisas que não consigo fazer quando tem alguém olhando. E esse alguém pode ser até da família.
Se estou em uma viagem e "alguém falar": - Tudo bem Ellen? Desculpe, não sabia que você tava dormindo. Eu limpo a baba, respiro fundo para não mudar a frequência da voz e digo: Tudo. Não estava dormindo não, quê isso. E quando a cabeça cai pra trás, porque você foi a escolhida para sentar no meio do carro, suas pernas são menores e você enjoa menos?... enfim, pregou os olhos por 2 segundos e acorda de supetão com seu próprio ronco monstro fazendo os mais desavisados achem que o carro estragou, aconteceu alguma coisa no motor, ou algum engraçadinho diz: - É, e eu que vou ter que dividir o mesmo quarto com ela esta noite. Risadas. Aí não tem desculpa que dê jeito.
Aí eu leio Tati, que minha amiga que senta do meu lado direito na agência indicou,
Que na minha cabeça eu gosto de chamá-la de Pequena, acho carinhoso, mas não falo porquê ela talvez não ache tão carinhoso quanto eu.
Que é a pessoa com quem posso contar, 10 horas por dia (as 2h aí a mais são as intermináveis das quais me dirijo neste texto). Que eu não tenho contato quando saio daqui porque não sou tão egoista e sei que ela precisa dormir, brincar com o filho, aturar o irmão, e porque eu odeio telefone, então provavelmente, se um dia ela me ligasse, eu nem veria que me chamou pra ir na Quartaneja, só no outro dia.
Que é antenada com o mundo, tem estilo, assunto, apetite de novidades, muitos seguidores, um charme especial e as cores de esmalte mais iradas que já vi.
Mas que tenho inveja, pois ela é corajosa e enfrenta o busão pra almoçar em casa, com a família enquanto eu fico aqui.
Agora, espero dar 2 horas, a hora oficial pra eu continuar fazendo a mesma coisa e depois esperar dar 3h, 5h, 7h.
E compartilho comigo mesma a brilhante ideia de fazer uma campanha que sugerisse almoçarmos os mesmos 10 minutos todos os dias e oficializar que é esse nosso horário de almoço, podendo ir embora por exemplo às 5h30.
Sonho meu? Não pode ser. Já não durmo na hora do almoço, muito menos sonho. E esse horário de verão que já começa sábado, hein? Mas isso é assunto para outro post.

Um comentário:

Vanessa disse...

hahahahaah que honra. Claro que pode me chamar de pequena :D

Não recomendo a maratona diária, mas 3x por semana vale muito a pena! :)

São tantoss elogios que fico até com vergonha, rs!
Só faltou a parte que eu evito contatos com humanos. ahahahahah

Obrigadaaa, Ellenzitaaa!
É muito bom trabalhar com vc!
Beeeeeeijo