quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Mi ame

Há 4 anos, me mudei para São Paulo com a mala e coragem para me especializar como redatora. A partir daí a minha vida se resumia em passar as tardes com meu irmão e as noites estudando na ESPM. Como nossos professores eram antes de tudo profissionais de grandes agências, quase sempre eu era surpreendida com a frase: não vai ter aula.

Eu queria sentar e chorar. Até porque tinha me mudado unicamente para me dedicar aos estudos e a minha parte estava bem empenhada em fazer. Antes de pegar o primeiro metrô e voltar para casa, cruzei com algumas pessoas que estavam passando pelo mesmo que eu. Foi aí que além de grandes amigos, descobri minhas almas gêmeas. Com a Bia, eu começava uma frase e ela completava. Com o Marco, faltava adivinhar meus pensamentos.

Reencontrar o pessoal da Miami depois de 2 anos de boas lembranças foi maravilhoso. Tirando o medinho que sempre tenho de não saber o que falar (se devo resumir tudo o que me aconteceu nesse tempo sem se ver ou listar todos os prós e contras da minha profissão), e a ansiedade de não saber o que eles vão achar de mim: "- nossa, como ela engordou, né?" , "continua a mesma otimista de sempre", quando consigo quebrar essa barreira de aproximação, sempre fico realizada no final.

No caso de bons amigos, aqueles que tiveram significado na sua vida, aqueles que de alguma maneira fizeram você ser quem é hoje, aqueles que te deram apoio, um abraço e já te viram pagando altos micos, em alguns casos até foram protagonistas deles com você, aí sim, um almoço é muito pouco.

O tempo passa rápido demais e só sobra a lamentação de ter perdido tanto tempo longe de vocês.






Um comentário:

Anônimo disse...

Amiga que linda, vc é linda mesmo, nunca tive uma amiga assim tão querida que me fizesse tantas homenagens lindas!
Alma gêmea é assim, quando encontra parece que o ultimo dia que se viu foi ontem!
agora quero vc sempre por perto, te amo.