segunda-feira, 18 de agosto de 2008

flat tire

Eu ia começar contando da sexta passada mas eu quem estou passada agora, então lá vai: ROUBARAM MEU ALMOÇO. Normalmente não trago nada pra agência mas como estava decidida a começar meu regime comprei uma mega salada linda pra me fartar. Tinha muitas coisas pra fazer aqui e resolvi nem ousar sair pra rua. Corri pra geladeira com a fome de quem é capaz de matar um leão. E onde está minha salada? Olhei embaixo dos queijos e maioneses que já estavam lá, procurei no congelador, cheguei até a olhar em outra geladeira. Meus amigos já tinham almoçado. E não foi a minha salada.
Será que uma daquelas magrelas que estavam fotografando pra um editorial de moda logo ao lado no estúdio tiveram essa capacidade?
Bom, voltando a sexta, eu estava saindo da agência às 6h para tentar pegar algum lugar aberto ainda. Minha terceira bike novinha tinha acabado de me aprontar uma: o pneu de trás furou. Como previsto - tudo fechado. Andei um bocado, esperei o ônibus por meia hora e ainda emprestei 6 euros para um grupo de estudantes que não tinha dinheiro trocado. A chuva estava torrencial e minhas costas doiam um bocado(minha mochila nunca pesou tanto). Quando o pneu do ônibus também fura. Dá pra acreditar?
Continuei meu caminho dessa vez a pé. O que quer que fosse que estava tentando me impedir a chegar em casa, estava ferrado. Comigo não!
Estava pensando no que eu diria pra vocês quando fosse contar essa história quando de repente meu salto quebrou. Isso mesmo, hehe. Não faltava mais nada. Tirei os sapatos e pisei na chuva como a muito tempo não fazia. Fui brincando nesse jogo de azár que jamais tiraria o meu humor. E rindo, dessa vez sem esconder de ninguém. Ria alto. Enfim, home sweet home. Parei em frente a porta do barco pra tentar achar minha chave que estava guardada na mochila. Procurei, procurei. Achei!!! aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Um moço abriu a porta e tum no meu pé, no meu rosto, da minha mão. Estava no roxo da moda. Até aí tudo bem. Mas a dor foi tanta que deixei cair a chave das minhas mãos, e pra quem não conhece o barco o chão da entrada tem uns furinhos que dão direto, adivinhem: ao mar.
Isso, minha chave foi desaparecendo aos poucos no mar (como no Titanic, hehe, é difícil não comparar, oh JACK).
Ao contar toda a história pro nego ele me aconselhou dormir naquele momento para acabar esse dia ou menzer, rsrsrs. Fiquei com a primeira opção. Mas ele ainda acrescentou: cuidado pra não cair da cama. Nos despedimos e foi dormir.
Hahaha. Vocês acham que acabou por aí?
O vizinho começou a tocar violão e era tão desafinado que sem dúvida foi a pior parte da minha noite.

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