segunda-feira, 19 de julho de 2010

Armadilhas

É dificil acreditar que uma pessoa lhe causa o mal para fazer o bem.
Não existe uma lógica, coerência ou justificativa em colocar em prática o ditado: o fim justifica os meios.
Só quem foi pobre tem carta branca para ser rico? Só quem sofreu merece a felicidade plena? E para amar tem que sofrer?
Dizer que a gente só aprende com os erros é desculpa para quem vive errando.
Olho ao meu lado e não consigo entender porquê. Por que algumas brigas nunca vão chegar ao fim? Por que opiniões que se divergem guardam toda essa inquietude relutante? Por que a gente simplismente não aceita os defeitos do outro e aprende a respeitá-los?
Estou velha demais para esses joguinhos de pique-pega, onde qualquer passo que eu dê pode mudar o roteiro de toda uma noite. Qualquer palavra que eu fale possa ser má interpretada. E qualquer sorriso que eu dê possa causar uma inveja tão grande que seja capaz de destruir meus sonhos.
Por que as palavras não podem ser somente doces, os olhos compreensivos e as bocas imaculadas?
Esta casa é pequena demais para interpretações. Ou é ou não é. Ou está feliz ou abandona-me.
Presa nas minhas próprias armadilhas por um dia ter admirado o perigo cortante delas.

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