quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Berrini

Mudar significa renovação. O impulso de crescer, voluntário e em conjunto.
Quando todas as forças se focam em um objetivo maior: o desenvolvimento.

Mudar também pode causar certa estranheza.
A sua rotina não será a mesma. Seus horários, seus hábitos, as pessoas que dividem o ônibus com você (centenas delas), a panqueca da esquina, o pastel de sexta, o shopping do lado. Tudo muda junto.

É preciso saber bem se o objeto da mudança é confiável, porque a tendência do desconhecido é amedrontar. Ir até o local. Tentar desesperadamente se convencer que os prós são muito superiores aos contras. Gostar do novo prédio. Do cheiro de coisas novas. De trocar piso de borracha por chão com carpete. Da luz que entra pela janela.

É o fim dos incensos mal cheirosos. Das velhinhas a beira da morte. Do elevador sempre lotado, quando não está quebrado. Do mercadinho com a caixa mais mal humorada que já conheci. Adeus pedreiros esdrúxulos. Adeus vizinha encrenqueira. É o começo de todas as outras coisas que estarei aberta a receber.

Mudar não é simplesmente seguir o fluxo. É a chance de transformar algo dentro de você. Abrir as portas para novas possibilidades. Entender que “maior” tende a ser “melhor”, basta que a cabeça esteja aberta a fazer parte do novo.

Mudar não é só carregar peso, trocar as mobílias de lugar, colocar lâmpadas. Mudar é se desfazer do velho, das antigas concepções, jogar fora os papéis que se acumularam nas gavetas, e estar flexível para aceitar o que vier.

Seja bem-vinda a mudança.

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