sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Fazer o quê?

Estou sempre cansada. E não falo da boca para fora. Mas como posso deixar de exclamar sobre essa situação se não arranjo um tempinho para descansar realmente?
Não estou pedindo para dormir às 8h da noite e acordar 2h da tarde do outro dia. Se bem que não seria má ideia.
Eu preciso de silêncio, profundo, no qual eu não escute nem os meus pensamentos.
Quero ficar quietinha, na cama, e que todos entendam que não estou deprimida, respeitem este momento que estou passando. Quero sobretudo a minha casa, só pra mim.
Sei que é difícil entender, mas estou sem forças pra explicar.
Não é porque estou nesta fase “introspectiva”que preciso levar os outros comigo. Nem quero. Quero que todos se divirtam, sejam muito felizes, não tenham hora pra voltar, e de preferência me deixem curtir a profunda solidão que nunca foi a minha melhor companhia, mas fazer o quê?
Meu corpo está berrando. Grita de dor. E quem melhor do que eu para entender os seus limites.
Escuto Alcione. Sei que isso não ajuda em nada. Como não ajudou a cantada que ganhei ontem rumo a academia. Interpretei como uma perseguição. Tipo: tá louco? o que viu em mim? E como não perguntei e nem consegui responder para mim mesma, um elogio fez minha auto estima baixar aos pés, cair na realidade do tempo que corre para lugar nenhum, e me obriga a correr atrás dele, mesmo sabendo que meu joelho não suportaria 3 vezes o meu peso.
Comecei a me questionar que estorvo estou sendo para meus colegas de dança, já que sem o MEU parceiro, não basta eu aprender os passos se é o homem que conduz a dança, a dama, a música que vai tocar no fundo quando estivermos realmente em uma mesma sintonia.
Poxa, essa semana quase fui atropelada, meu marido recebeu uma intimação por um documento que perdeu 4 anos atrás, não consegui viajar a tempo pro casamento de uma grande amiga e eu ainda preciso lutar com a minha rotina que não me deixa simplesmente ignorá-la, mas não faz o menor esforço para que eu goste dela.
Entendeu? Tenho certeza que não. Por isso, pra evitar qualquer briga, sou até capaz de dizer sim. Fazer o quê?

Um comentário:

E o sonho continua disse...

Pedras no caminho?
Guardo todas.
Um dia construirei o meu castelo.
Beijos carinhosos,
Cibele.