quarta-feira, 13 de abril de 2011

Comigo vai tudo bem

Correr perigo é viver. Mas vida boa é aquela que a gente escolhe para gente, não a que o destino coloca na nossa frente como um teste para ver se passamos de nível ou se vai dar game over.

Acordar. Correr para o trabalho. Correr com o trabalho. Correr para alcançar o ônibus. Correr para não perder o ponto. Correr para casa. Dormir. Acordar. Somos diariamente massacrados nesta correria. E fora as dores que pesam em nosso corpo no final do dia, somos constantemente surpreendidos pelas dores da alma.

Você deve estar pensando: se reclama, por que ainda liga a tv? se não quer ver desgraça (perdão pela palavra vovó) por que ainda assiste aos noticiários?

Vou te dizer que já tentei me DES-LI-GAR. Quando chego em casa não quero nem olhar pro computador. Não atendo o telefone. Mal ligo as luzes. Dou 3 voltas na chave. Tem um porteiro que deixa as correspondências em baixo da porta, com a maior cara de serial killer,e por via das dúvidas eu nem respiro quando ele passa no meu andar.

Mas o que eu posso fazer quando um morador de rua esfaqueia 2 pessoas (uma senhora e um rapaz), meia hora antes do que custumo chegar, no ponto que eu desço todas as noites? O que eu posso fazer quando um cara até bem vestido, simula que vai pedir o fogo emprestado, e ao invez de acender o cigarro, acende um homem bem na minha frente?

Ontem eu estava saindo do ônibus quando ouvi um velho, lá dentro, assaltando as pessoas que estavam ao meu lado segundos atrás. Eu já tinha percebido pela cara dele que não estava com boas intenções. Dá pra sentir, por motivos óbvios. Todo mundo percebe sintonias tão diferentes. E não era porque ele estava fedido ou coisa assim.

Até a menina bonita, de cabelos cacheados, fedia muito depois de ter pegado aquela chuva torrencial e se fechado em um ambiente bem parecido com uma sauna, com 90 pessoas em pé e janelas cerradas. Mas ele era do mal. E a metade do mundo também é. A diferença é que aqui em São Paulo, tem muito mais gente por metro quadrado e tudo vira matéria no programa da Ana Maria Braga.

Fim de semana tive que recusar um iphone do meu pai. Para que gastar quase 2 mil reais se vou correr o risco de ser roubada na primeira esquina? Pior, para que voltar a ter MEDO sendo que hoje eu só ando com um documento que vai vencer em julho e no meio de tantos pobres (porque pobre só rouba de pobre) deixei de ser o melhor alvo no momento.

O jeito é ligar a TV e ouvir "passo a passo" como foi a chacina em Realengo, como funciona a cabeça de um psicopata - bullynista - islamista que ficou famoso e agora virou idolo número zerinho do cara que saiu por Santos baleando jovens na rua. Até a China se revolta com um negócio desses. Tanto tempo na mídia para ser facilmente esquecida? Vamos aumentar para 7 o indice de radiação e mandar outro terremoto para intensificar os estragos.

Saudades das noites de BBB.

Um comentário:

Vanessa disse...

Fim do mundo em 2012. Tenho certeza!