O paraíso pode estar em um momento de contemplação, no instante do silêncio, em uma viagem para dentro de si mesmo, na descoberta de uma bela paisagem. Para mim, o paraíso está no encontro das pessoas.
Este final de semana (super atribulado) parei para receber a visita de alguns amigos dos meus pais. Eu tinha que estar dando carinho para minha vó, ouvindo os conselhos dos meus padrinhos, cumprindo uma série de compromissos mas gostei de estar ali.
Primeiro, me permiti sair da sala, e assim como a criança de 5 anos que estava com vergonha de entrar, passei a fazer perguntas simples e muito curiosas. Mas foram as respostas que me encantaram.
Não me interessava mesmo que time ele torcia, que video game jogava, que amava o ben 10 e tinha medo do homem aranha, mas o seu olhar sobre as plantas, como combinar os espinhos das rosas com as rochas, e como ele queria pintar sua casa de amarelo, o carro de amarelo, as roupas de amarelo, o céu de amarelo, a comida de amarelo. Por que amarelo? Porque ele conseguia parar para enchergar muito além do que podíamos ver?
Mais a noite, fomos nós que visitamos um outro amigo. Meu pai dizia: ele é inteligentíssimo. E realmente me impressionou como ele usou esta inteligência para criar os filhos. Um de 10, outro de 13 anos, eles sabiam a hora certa de participar e quando falavam faziam todos ficarem boquiabertos. Porém, acredito que meu encontro foi feito com a mãe dos meninos, mulher do amigo super inteligente. Que pessoa agradável! Ela é daquelas espécies em extinção que fazem você se sentir super em casa e querer ficar sorrindo toda hora e pensar que tudo pode ser tão simples e fácil e realmente será.
Hoje me peguei pensando que a gente sempre pode ganhar de um encontro um grande presente, mas ao invés disso nos fechamos ao desconhecido, ao invés disso perdemos valiosas oportunidades de chegarmos um pouquinho mais próximos do paraíso.
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