quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Você não está fazendo mal a ninguém

Eu sei que sou machista. Admito. Releve, passe para o próximo post, esta é só minha opinião. Mas na verdade é porque amo tantos as mulheres que acho inconcebível certas fugas femininas. Beber e fumar, por exemplo.

Tenho várias amigas que bebem, fumam e nem por isso vou julgá-las. Poderiam estar matando (serviço), roubando (beijos de homens casados), mas não, estão apenas se divertindo.

No domingo mesmo, quando acordei, abri a janela do meu quarto e vi várias meninas se bronzeando na piscina do prédio. Nos 5 minutos que fiquei ali, poderia jurar que ao menos uma era perfeita. Foi exatamente essa, que logo acendeu um cigarro, depois outro, depois outro. Preferi não comentar mas confesso que pensei: linda por fora, estragada por dentro.

Ontem, aconteceu de novo. Voltando do serviço um grupo de meninas sentadas no bar berravam no último volume as suas vozes de gralha. Uma delas nem se deu o trabalho de olhar pra trás pra ver se tinha gente passando, pegou o copo cheio de cerveja quente e arremessou o liquido no passeio (por 3 vezes seguidas). Coincidentemente, em uma dessas vezes era eu quem estava lá.

Eu que estava louca pra fugir da chuva, acabei tomando um banho de cerva e chegando ensopada em casa. Me limitei a continuar andando, nem dei o trabalho de virar pra trás. Ainda ouvi que uma delas tentou se desculpar, uma outra começar a dar risos nervosos e descontrolados, e quem jogou, nem sei qual é a cara, mas tinha uma pancinha saliente de chopp.

Hoje, conversando com uma amiga, entendi porque NÓS mulheres estamos cada vez mais desistindo da tentativa de ser perfeita, para sermos um pouco homens. Entendi que a gente também tem o direito de errar.

Mas não posso deixar de achar feio uma mulher tão delicada soltar baforadas cinzas e estressadas. Não tem como não achar estranho uma mulher dando vexame no bar, escandalosamente.

Curiosa a vida: quanto mais vazia, mais pesada pra carregar.

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