segunda-feira, 11 de agosto de 2008

dia dos pais

O fim de semana, que acabou agorinha mesmo, foi o mais esperado de toda a minha viagem. Eu estava programando passar uns dias com a Taís em Londres e finalmente conhecer o lugar onde sempre quis estar. Foi quando me lembrei que dia 11 não é apenas o aniversário dela mas me lembrava também uma data que eu não deveria esquecer. Sei que a Carol do Lu estava em Paris e tinha me convidado pra passar um dia com ela e os pais. Mas não era isso...Paris fica a 8 horas daqui e seria algo muito corrido pra eu esquecer. Nossa! Lembrei: Dia 11 é o dia que a Tamara vem passar uma tarde aqui comigo. Que rata, quase viajei e deixei ela na mão. Mandei um email quase imediatamente confirmando a data. Pedi desculpas a Taís que já havia tirado folga do serviço pra ficar comigo e começei a planejar uma maneira de deixar pelo menos uma "Tatá" satisfeita(o que não é nada difícil tendo Amsterdam como minha nova casa).
Arranjei colchão emprestado, limpei a cabine do quarto, agilizei os trabalhos da faculdade e resolvi perguntar a ela se sabia pelo menos a hora que chegaria aqui.
- Tá louca? Bebeu? (vocês já devem saber que só fico bêbada de sono, né?).
- Por que Tatá?
- Oh querida, é dia 11 de setembro. E não precisa se preocupar. Já reservamos um quarto no hotel.
- Ah não. Burra, burra, burra. (Me xinguei internamente).
Na mesma hora escutei meu vizinho de cabine acompanhando a minha tristeza ao dedilhar seu violão desafinado. Era como cena de filme.
Entrei no email para escrever algo pro nego quando de repente recebo um sinal de vida da Aninha (minha amiga da Miami de Sampa). Não acreditei!
Dizia: o Bruno está indo para Amsterdam. Será que vou?
Vem!!!!! Dessa vez gritei alto. Veeemmmmm.
E ela veio, chegou sexta a 1h da manhã e quando a vi sai correndo como nos filmes e sem muito escândalo, sem na verdade conseguir falar uma palavra, a abracei tão forte que pensei que fosse quebrar a minha pequenininha. Meus olhos se encheram dágua mesmo eu não tendo idéia que estava com tantas saudades. E logo, logo parecia que eu estava com ela ontem mesmo em Sampa, que ela nunca tinha ido pra Hamburgo. Criamos ali o nosso mundinho que eu não queria nunca mais sair. Mas ela está mais madura, responsável e mais quietinha, na verdade.
O Bruno acompanhou a Aninha. Todo redator precisa de uma dupla. Ele também está ótimo. Bem mais magro, mas super bem. Estavam empolgados com os lugares e as pessoas daqui. Um outro amigo que eu ainda não conhecia, o Fábio, trabalha na agência que pretendo ir no próximo trimestre. É uma pessoa nota 10, fácil de gostar de cara. Casado com a Dorte, uma alemã cantora daqui. Precisam ver a maneira que falava dela. Era encantador!
Levei eles pra conhecer os 3 principais pontos turisticos da cidade. As 3 praças que já mencionei pra vocês: DAM, LEDSPLEIN e REMBRANT. Fomos também em vários coofee shops. Eu nunca tinha estado em um. É tudo muito bonito lá dentro. As luzes, a decoração. E aprendi coisas interessantes que nem imaginava: é proibido fumar e entrar de boné. Agora não me perguntem porquê.
A noite eles foram pro hotel tomar um banho. A Ana disse que ia até passar maquiagem e colocar salto alto. Quem a conhece sabe que isso só acontece em ocasiões muito especiais. Fiquei esperando que eles ligassem e NADA. Acredita que dormiram? hahaha. Morri de rir. Tadinhos, perderam a única noite aqui em Amsterdam. Eu, aproveitei, e dormi também.
No outro dia fui despedir dos meus amigos. Dessa vez sem choro, mas juro que meu coração ficou um pouquinho apertado. Voltei pra casa e ninguém estava on line. Falei um pouco com a madrinha e meu afilhado que disseram ter feito um churrasco pra reunir a família neste dia tão especial. Minha vózinha pediu pra eu voltar. Comocei a sentir naquele momento a saudade que ela estava sentindo. Dormi um pouquinho e acabei acordando quando já era a noite. Odeio quando isso acontece. Odeio quando aparento ter dormido muito e perdido alguma coisa. Voltei pro messenger e nem sinal do meu pai, nem sinal do nego. Queria ligar. O celular estava descarregado. Comecei a chorar tanto, tanto, tanto que voltei pra cama ainda com aquele gosto amargo na boca. Aqui não é dia dos pais e mesmo assim não consigo me desligar das datas. Era muito importante pra mim ter dado um abraço no DAD naquela hora.
Enfim, um outro dia, uma nova segunda, cheia de novas possibilidades. Peguei a minha nova bicicleta. Nunca amei tanto uma coisa na vida. E saí pedalando na chuva. Eu realmente precisava disso!

Um comentário:

Roberta disse...

uffaaaa que historia!
;)