quinta-feira, 28 de agosto de 2008

paramédicos

Os trabalhos triplicaram em um passe de mágica. Como deveria ter sido desde o começo. Mas este fato aliado a minha falta de dinheiro me fez estudar também todos os fins de semana. Era acordar e continuar o dia como se não fosse sábado ou domingo. Diogo e Bel já estavam me esperando na sua casa para fazer 40 campanhas da Adidas para aula. Mas eu nunca chegava na hora. Uma vez parei a um quarteirão da casa dele porque surpreendentemente tinha um piano no meio da rua e um casal de operetas cantando na sacada. No outro fim de semana campanha para Moleskine, e mais uma pausa dessa vez no canal para ver um concerto de cordas. As pessoas super bem vestidas só esperando para respirar inspiração. E ela estava lá. Neste eu deveria passar o 3º fim de semana na casa do Diogo fazendo Stedelijk Museu mas eu preferi ir pra Paris (hahaha, estou rindo sozinha aqui). A última vez que eu disse isso eu estava a caminho de aPARIcida de Goiânia. Não que seja tão perto. Vou enfrentar 8 horas de busão, mas com certeza mereço esse momento de descanso. Meus colegas vão ficar aqui sendo atores de um filme que criamos para promover a cidade. Depois de 2 dias exaustivos vão dizer: Como a minha mão ficou linda nesse ângulo (ou) Olha, veja, aquele é meu pé. Ou seja, tô fora, porque quando é pra aparecer eu faço o serviço completo.
Ontem por exemplo, uma festa para promover a cidade e a campanha Yes, I am teve convidados ilustres como o PREFEITO de Amsterdam, seu filho DJ de massive music, grandes agências de Londres e Nova York, Victor e Rolf os melhores estilistas do milênio, toda a imprensa e eu pagando micão de cantar Ave Maria (capela) com a letra do poema. AVE MARIA!
Pelo menos tudo correu bem. Estava muito bonito e não desmaiei, embora todo mundo estivesse receoso que isso fosse acontecer. Na noite anterior, em plena uma aula incrível da 180, bem na hora da minha apresentação, eu fiquei branca, perdi todos os sentidos e sai pra varanda pra tomar um ar. Minha respiração voltou as poucos, tomei um suco para a pressão voltar ao normal, mas minhas mãos e pernas adormeceram.
Quando parecia que eu ia melhorar, comecei a ver estrelinhas e uma pressão tão forte na cabeça que pensei: Pronto, são 9 horas da noite, todo mundo vai embora e vou ficar aqui caida, sem socorro e trancada, sem poder voltar pra casa.
Mas não foi o que aconteceu. Chamaram a ambulância e na verdade tinha mais gente a minha volta. Estou certa que alguns pareciam anjos, mas quanto ao restante era um monte de gente desesperada fazendo perguntas idiotas pra mim em dutch e alemão, tal como: você sabe o caminho de volta? Ao invez de medir minha pressão ou coisas assim, ou mesmo me darem algum medicamento, mas nãooooooooo.
Eu lembrei na hora do meu colega daqui, o Fernando, dizendo: só pra uma ambulância vir até você já são 50 euros. PRONTO, foi o bastante para eu sarar, levantei na hora e disse: só preciso comer. Mesmo não tendo convencido todos, pois preferiram dar como diagnóstico alto grau de estress e pressão, o que eu prefiro chamar de felicidade acumulada.

Um comentário:

Bárbara Cunha disse...

Oi querida!!!
Adorei os seus depoimentos...se eu já tinha vontade de conhecer Amesterdam...rsrs
Agora tenho é loucura...kkk
Você está de parabéns!!!
Realmente você é uma pessoa especial....
Vê se não some,viu?!
Beijos
Bárbara