segunda-feira, 3 de agosto de 2009

não me ame, não me deixe

Quando você menos espera, acorda o silêncio na sua caixa de correios. Ele ainda não se foi, mas também não está ali. Não sinalizou, não deu dicas. Como sempre, derepente, enquanto parecia que tudo estava indo muito bem,acabou o que estava apenas começando.
Um lado argumenta que é apenas o começo. O outro lado retruca que já são 4 anos, não 2 meses. Os dois lados tem razão, mas sofrem de um momento de inconsciência. Ficam tão perturbados que ao invéz de reagirem como outros casais que normalmente sairiam aos berros, se calam dentro dos seus quartos, dentro das suas cascas, procurando não pensar em nada.
E fica aquele silêncio. Nenhum tem coragem de ir. Vai passar ou o coerente é que um deles tivesse a atitude de pronunciar o basta. Até quando basta os sorrisos de estante e os travesseiros aconchegantes de meia noite? Teme-se cruzar o espaço onde não existe respostas, muito menos motivos.
Ele não a ama mais, mas não sabe disso. Ele só está cansado do incomodo das tardes quentes no sofá gordurento. O problema é com ele. Mas nem essa frase clichê ele vai dizer.
A confiança dela é demais pra ele. Não dela se achar interessante ou especial, mas de achar que nada abalaria a relação dos dois. E isso também imcomoda. Excesso de zelo, cuidado, confiança. E falta de ajuda na casa, nas contas, com a comida.
A noite chega. Eles decidem se olhar. Os olhos não se fixam, não se entendem. Ainda não há respostas. Então ela chora, soluça e decide se deitar. Talvez por saber que ninguem lhe roubaria o que ela mais sabe fazer: dormir.

Nenhum comentário: