terça-feira, 2 de março de 2010

Diaconisas e Missionárias

Dizem que uma mulher se veste para outra mulher. Pode até ser. Mas não existe beleza que resista sem o olhar do homem.
As mulheres não querem mais parecer bonitas, sofisticadas, intelectuais. Preferem ser desejadas, invejadas, ter atitude (lê-se: não segurar a língua dentro da boca). E assim, estão cada vez mais falsas.
Não estou falando das cirurgias plásticas que dominaram o mundo, ou da ditadora magreza esquálida, dos cremes para o dia, para a noite, para as unhas do pé, ponta do nariz, raiz dos cabelos. Nada contra as revistas de moda e as maquiagens essenciais depois de uma péssima noite de sono.
Estou falando do que a mulher se veste quando precisa fingir. Os artifícios que usam quando o importante é o fim, mesmo a base de mentiras inescrupulosas.
Dos adjetivos que as mulheres se enfeitam pra esconder a verdadeira maldade de um coração que não acredita mais em nada. Que desistiu de olhar o próximo como alguém que também tem seu valor. E prefere usá-lo, dia após dia, como uma escada. Ou melhor, um degrau pra facilitar sua subida na vida, e ao mesmo tempo empurrar o outro ainda mais pra baixo.
A boazinha deixou de ter seu valor. Ao menos é o que todas as mulheres passaram a acreditar. Por isso ser fashion é ser puta, liberal, permissiva, realizar cada desejo do homem (na cama) porque não conseguiriam lavar um prato sequer, levar um cachorro pra passear, dizer eu te amo com todo o romantismo que demanda esse sentimento, e fazer qualquer agrado que lhe tire as poucas horas de sono que tem.
Se sua mulher não é nada disso que estou falando. Nunca foi fingida, egoísta, superficial. Levante as mãos pra o céu (mesmo que você seja ateu). Porque a verdade é que meu gênero está cada vez mais decadente, e não me orgulho disso.
Tá certo que o mundo é das mulheres, mas elas ainda se preocupam muito com que os homens pensam sobre elas.

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