terça-feira, 1 de março de 2011

Bem casados

Eu te amo como se ainda tivesse muito para amar.
Como se tivesse conhecendo-o hoje, pela primeira vez.
Eu te amo de forma urgente mas sem a preocupação de que me possa escapar.
Eu te amo hoje, diferente de ontem.
Eu te amo como nunca amei ninguém, como se fosse o único, porque é isso o que é.
Eu te amo pelas causas perdidas e as lutas que ainda iremos que travar.
Eu te amo pela minha insegurança e a maneira fútil e infantil de enchergar a vida.
Eu te amo porque não sou sábia o bastante para deixá-lo ir.
Porque não tenho paz quando está longe e mesmo amando meus momentos de silêncio e conversa a sós comigo mesma, eu amo a turbulência que você faz quando aparece.
Eu te amo porque me faz tremer.
Eu te amo porque não conheço nenhuma outra palavra que me faça sentir assim.
Eu te amo de corpo e alma.
Eu te amo sem palavras e às vezes com palavras de sobra que despencam sem nexo pelos meus pêlos.
Amo a forma que criei de você. Amo como o idealizei. Mas amo também suas verdades que combinam tanto com minhas loucuras inconsequentes.
Eu te amo nos dias de sol, nas tardes de chuva e nas noites de frio.
Eu te amo quando não consigo nem ao menos olhar nos teus olhos constrangida ou por desafeto.
Eu te amo sem nada a perder mesmo parecendo que sempre quero lhe cobrar algo por isso.
Porque eu te amo sem medidas, desmensuravelmente.
Eu te amo mesmo no meio de tanta confusão.
Amo quando chega sem avisar e vira meu mundo de pernas pro ar.
Amo mais seu sorriso do que a cara brava que faz quando pensa que é gente.
Mas amo-o ainda mais por ser sim: maduro, integro, respeitador e companheiro.
Eu te amo por não aceitar as minhas falhas mas ter aprendido a viver com elas.
Eu te amo pelas pequenas coisas do dia a dia e as grandes que estão reservadas somente a nós dois.
Amo seu sistema de vida, morte e tudo que fica no meio, envolve: o respirar.
Eu te amo por ter muita didática mas nunca colocá-la em prática.
Eu te amo porque me sinto presa a você mas com a liberdade permissiva de poder recomeçar a cada dia.
Amo não precisar de você pra viver mas ter feito essa escolha de fazer de você a minha vida.
Eu te amo do nada e sem explicação quando cheira o meu pescoço de mansinho ou declama poesias sem que eu as esperasse.
Amo um jeito só seu que não tenho a menor intenção de tentar mudar.
Eu te amo às vezes com vontade de chorar, com medo do tamanho desse amor.
Eu te amo porque sempre que erro você não me perdoa mas amanhã estamos bem: você esqueceu e eu parei de errar.
Eu te amo como uma banda de rock: imprevisível, dolorida, afônica, sem harpas ou violinos melódicos.
Eu te amo com os pés fixos ao solo mas as asas abertas a esperar pelo voô.
Eu te amo de novo, de novo, de novo, quando derepente descobri que não quero mais viver sem você.
Eu te amo inconsequente e louca com os olhos bem abertos pra que não me escape um só momento.
Eu te amo quando numa tarde de sexta, fim de expediente, você me colocou sobre a mesa e deitou sobre mim o seu amor.
Eu te amo com a culpa de uma barra de chocolate que vai se derretendo até esquecer de todo o resto e sobrar só desejo.
Eu te amo de um jeito febril, passional, que me faz querer dançar toda a madrugada e acordar cedo para tomar sol pela manhã.
Amo desde o 8 ao 80 que habita em mim.
Amo assim e agora.
Amo até você ir e partir. Mas não pelo que faz, mas pelo que é.
Eu te amo sem fim.

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