segunda-feira, 2 de maio de 2011

Magicamente

Há 1 semana recebi um email da minha melhor amiga contando sobre um filme que assistiu chamado Mágica. Pensei em como usar este tema para um post já que nunca acreditei em magia e quando era pequena os mágicos me causavam sono. Não me surpreendia com as rosas que tiravam das mangas ou com os coelhos das cartolas. Acreditava mais nos amigos da mamãe que faziam malabarismos na caixeta e sempre venciam a rodada. Bati. Mundo real. O amor como um jogo de sorte ou azar.

Certo dia um amigo me apresentou o irmão dele que foi logo dizendo: Pense em um número. Eu encarei meu amigo ferozmente como se mastigasse marimbondos. – O que eu te fiz de tão grave? Por que está me violentando deste jeito? Bem, ele adivinhou. Afinal, era pós graduado ilusionista em Los Angeles. E eu só conseguia pensar: - Que pais fazem isto com o menino? O amor como uma brincadeira e um alto preço a se pagar por ela.

Hoje cedo recebi um email de um grande amigo mostrando um gráfico que compara o preço da consulta médica com a hora de animação de um mágico em festa infantil. Era desproporcional, enquanto um ganha em média 38 reais, o outro sai da festinha rindo de orelha a orelha com nada menos do que 459 e alguns truques na manga. O amor como o último remédio.

Agora falando com meu irmão entendi onde quero chegar. Apesar de quase sempre sabermos iludidos com tudo que acontece em nossa vida. Apesar de tudo ser um jogo de adivinhação. Fazer nascer de uma pedra, uma flor. Ditar as cartas que vão guiar nosso caminho. Mesmo assim, a gente não queria que tudo acontecesse magicamente. A gente queria amar realmente, sofrer intensamente, sorrir verdadeiramente. Porque tudo que é mágica mente. E o controle não está nas nossas mãos.

Porque mesmo em um filme bobinho, como minha melhor amiga descreveu, a gente chora, a gente acredita um pouquinho, e a gente fica triste quando percebe que não passou de ilusão de ótica.

Quisera tudo ser como o filme:

“Um dia eles estavam em um apiário e uma abelha conseguiu picá-lo apesar de toda roupa especial. Ele saiu correndo e ela se espantou: - Como essa abelha conseguiu te picar, ainda bem que você não tem alergia...
E ele disse: Eu tinha. É que aos 8 anos quase morri com uma picada de marimbondo mas agora eu sei o remédio.
Ele contou que foi quando teve o primeiro amor, o primeiro coração partido, e que o remédio para o amor era o amor... um novo amor...
Depois de um beijo, os dois cantaram um para o outro e diziam que agora não estavam sozinhos e que não eram um só, mas dois."

Não existe mais a falsa ilusão de que quando estamos amando nos tornamos um só, como mágica. Sabemos que não estamos mais só, porque agora somos dois. Duas pessoas com interesses diferentes que podem estar em momentos diferentes, e podem ter definições bem únicas do que é o amor, fazendo sem querer o outro sofrer.

Depois de tudo isso, de tanto dia a dia, de tantos amores que começam e terminam, a gente pode não gostar de como uma mágica é feita. Mas precisa acreditar.

2 comentários:

infinito particular disse...

sempre ... :)
é a mágica de acreditar em Deus e nas pessoas q me ama de verdade q ainda me dão vida...

Anônimo disse...

Mesmo assim, a gente não queria que tudo acontecesse magicamente. A gente queria amar realmente, sofrer intensamente, sorrir verdadeiramente. Porque tudo que é mágica mente. E o controle não está nas nossas mãos.

Amo você :)