quarta-feira, 22 de junho de 2011

Theus

Ele era o bebê enquanto eu era a menina.

Ele era o menino enquanto eu dava meu primeiro beijo (e fui surpreendida por ele meio a cachorros recém-nascidos e bolachas na despensa).

Ele era o homem quando voltei a ser a criança.

E perdemos a contagem dos anos quando parei de cantar ilariê para ele dormir.

Nunca fui a irmã mais dedicada (aquela que trocas fraldas ou dá banho).

Na verdade, quando vi, já compartilhávamos as mesmas histórias com igual sabedoria.

O caçula já parecia o mais velho da casa.

Enchemos ele de expectativas.

Será o mais rico. O mais bem sucedido. Terá o emprego dos sonhos. Como é inteligente! E ao mesmo tempo tãooo bonito.

E ele cresceu, cumprindo a risca uma a uma.

Sempre falei para quem quizesse ouvir. Quando não ouviam eu gritava:

Meu irmão é a pessoa que mais amo neste mundo. Está em primeiro lugar (antes do papai, da mamãe, do marido...antes de mim).

Com ele não me preocupo. Nele, me apoio.

E posso passar dias olhando para ele, contemplando admirada.

Hoje ele completa 22. Lembro (com inveja branca) de todos os caminhos que ele ainda poderá percorrer.

Sou eu que fico aqui na torcida. Dê braços e coração abertos, se um dia ele quiser voltar.

Falar de amor é muito pouco. A gente sabe, a gente sente.

Um comentário:

karoline disse...

Aneimmm... assim eu choro!!!