segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A gente prestigia o casamento dos amigos

Pobre também anda de avião. É mais ou menos esse o mote da última campanha da TAM. Aquela propaganda com a Ivete Sangalo, lembram? Por isso, na minha ânsia de ir a Goiânia comprei ida - TAM e volta - GOL. Na ida sobrou espaço para perna, o serviço de bordo foi cerveja heineken com polenguinho e bolachinhas, a viagem foi super tranquila embora eu tenha ficado meio impressionada quando a pilota deu boas-vindas e descobri que era uma mulher quem ia manejar aquela máquina nos céus. 1 hora e meia depois já estava jantando na casinha da mamãe. Não tem coisa melhor neste mundo.

Agora a volta, vou antecipando que o custo-benefício não valeu. De que adianta ter uma nova sala de embarque no nosso aeroporto se você tem que andar 1 kilômetro para chegar no avião - recomendo as pessoas para irem de tênis ou botas de cowboy confortáveis(para ficar mais caracterizado). Quando entramos no avião descobrimos que o modelo era o dos mais antigos, ou seja, ao invez de 30 fileiras, tem 20, os assentos são bem menores, a perna fica espremida, o braço fica espremido, o estômago fica espremido (não há amor que resista).

Em pouco tempo descobrimos que o ar-condicionado estava quebrado e por pior que pareça ver todoooooos os passageiros se abanando freneticamente com as instruções de segurança, erguendo as calças até o joelho, prendendo os cabelos já suados, implorando as aeromoças por só uma pedrinha de gelo, a explicação que vinha depois era ainda mais assustadora: "o avião está com um problema em uma das hélices por isso resolvemos poupar o ar para não danificar outra região". Agora sim, felicidade completa.

Mas tudo bem. Iamos fazer uma escala em Brasília, aí com certeza desceríamos para tomar um ar e seriamos levados a uma nova aeronave. Quando virei pro meu marido tentando convênce-lo de que ainda havia esperança, o comissário de bordo dá o recado: passageiros que fazem escala para São Paulo continuem a bordo. Esse "continue a bordo" foi como um balde, mas de água quente.

Meia hora de viagem, mais 40 minutos esperando os passageiros, mais 20 para eles se acomodarem, mais 1 hora e 40 para passar novamente por cima de Goiânia e seguir a viagem é bem coisa de retardado, né? Retardado naquelas saunas lotadas de domingo ou no programa hipertensão e suas frases clichês de superação de medo, confiança, que pra mim só significam tanto sacrifício para nada.

A impaciência começou a tomar conta de mim. Desta vez, era meu marido que tentava me consolar. Ele achava que eu estava desfalecendo... soprava, abanava, dava carinho (sem muito contato, lógico) quando tentou abaixar o encosto da minha poltrona para eu tentar relaxar. - Moça, onde abaixa este banco? - Senhor, como vocês estão 1 poltrona na frente da saída de emergência, sua poltrona não reclina. - Tá, tá, entendi.

Ah, e eu querendo levar vantagem naquela palhaçada toda pedi 2 batatinhas ao invés da bolacha doce. Imagine você batatinhas da pior marca combinadas com calor de 50 e poucos graus....tudo isso bem acompanhada com um copo d'água (nem cheio não estava). Ahan, ahan, delícia!

Chegamos. O suor a esta altura já estava grudado no corpo, mas ainda tinhamos uma correria pela frente. A maratona só terminaria chegando em casa antes da meia-noite para meu marido conseguir enviar um trabalho para concurso.

Corremos para o táxi a preço fechado e nos pediram 48 reais o jeito era esperar um busão e economizar 42. Nada mal, né? Isso se o ônibus passasse. Apesar da ansiedade, o ventinho tava bom, muito bom. Corremos, corremos, corremos. Descemos 7 quarteirões a pé (eu ainda no saltinho)doídoooo.

Aí corre para scanear o trabalho, ligar o computador, baixar a foto da máquina, pesquisar a receita, e a internet do vazio não estava ligada. Aí o jeito é tomar um banho e dormir, né? Depender dos outros é uma merda.

Nenhum comentário: