sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Rendendo

Como estou cansada de contar histórias de busão vou substituir a palavra ônibus por táxi, tudo bem?

Bom, ontem peguei um táxi* e para minha surpresa (imensa surpresa) o homem ao meu lado tinha tomado um banho do meu perfume favorito. Aquele perfume de macho, que já me fez atravessar o País flutuando como se ouvisse uma flauta mágica. As "notas de saída" duraram os exatos 10 minutos da primeira impressão.

Quando consegui sentar e o vento da janela já não batia na minha direção, pude reparar melhor nas "notas de corpo" que foram substituidas por um chiclete Bubaloo de morango, mascado por pelo menos umas 4 horas.

Eu tentava por tudo voltar ao cheiro inicial, puxando o ar profundamente com fungadas longas que pudessem me fazer esquecer da dor que esmagava meus joelhos. Foi aí que abaixei um pouco meu rosto e senti que as "notas de fundo" eram drasticamente lamentáveis. Aquele homem macho não era mais tão viril e FEDIA estrume, como se tivesse pisado numa grande bosta de cavalo.

Como podia? Nesta hora eu já estava voltando a realidade dura de ter que andar de táxi*... quando o celular dele toca no maior volume: "bate, bate, bate que eu tô gostando. me chama de cadela que eu te chamo de viado".
E ele atende: Alô??? Não, não, nãoooo. Esse dinheiro não era pra sapatos. Tá, tá, tá, compra então.

Desço do táxi* pensando se ele realmente se perfumou para ela ou se ela seria "aquela" que ficaria com o triste destino de limpar os sapatos.

A sorte é que por uma história só gastei 3 reais.

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