Quando eu morei na Alemanha (olha eu pagando de européia), bom, entre alguns prós e contras, a gente não podia usar sacos plásticos no supermercado. Primeiro porque eles não forneciam. Segundo porque era hábito levarem uma mochila até para facilitar levar as compras para casa. Assim, alguns ovos quebrados no chão depois, as compras iam direto da gôndola para mochila. Sem ninguém siquer supor que você estava querendo roubar algum produto. E os saquinhos de lixo? Teríamos que comprar? Sim, lógico. Afinal, eles são divididos em cores para facilitar a reciclagem. As próprias garrafas de água (olha aí, mais plástico) eram retornadas para o supermercado e uma máquina gigante fazia o serviço enquanto a gente ganhava um desconto de quase 70% no líquido.
Mês passado tentaram fazer uma experiência de implantar (na marra) essa consciência ambiental. As velinhas se deram bem, já que tem um caso de amor com seus carrinhos de feira. Mas os desavisados estavam putos. As filas do supermercado davam voltas nos corredores. As caixas despreparadas estavam de saco cheio em ter que explicar por que o consumidor gastava mais de 200 reais e não tinha direito a um saquinho plástico, quem inventou essa lei, quem deixou, por que o supermercado não reduz o preço dos produtos já que vão economizar bastante sem ter que fornecer saquinhos plásticos?
Se é lei, se não é lei, se vai ser economia para os supermercados e falência das empresas de saco plástico, se vai aumentar as filas, as reclamações, o trabalho... isso não é problema meu. Todo mundo tem que pensar junto agora. Essa é uma oportunidade de mudar, de cuidar do que é nosso, do nosso planeta. Os lunáticos não devem concordar. Mas quem vive na Terra, deveria, por obrigação.
O plástico leva 50 anos para se desintegrar. Enquanto isso, só servem para poluir. Mas como precisamos deles, encha o máximo que couber, antes de dar um nó e jogar no lixo. No lixo. Sem se preocupar com o que vai acontecer depois.
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