Tem uma coisa que se vela enquanto nós nos revelamos.
Tem alguma coisa de meu naquela porta entreaberta.
Abrindo, interagindo, adorando, pedindo, desejando, sorrindo.
Me tem. Toda, completa e entregue. A mais sincera que já fui ou poderia ter sido.
Ele tem toda a razão quando diz: você não me conhece.
E fico sinceramente grata quando me surpreendo, outra, e mais uma vez.
De repente ele estava ali. Das minhas manhãs de segunda as sextas de tardezinha.
E nada parecia diferente até quando rimas antigas de um poeta sem década invadiram minha tela me transportando para qualquer coisa que eu me permitisse ser e que nem ouso a entender, mas parece que ele pode sempre compreender muito bem.
Não é como aquelas paixões arrebatadoras de folhas de outono. Não é, ainda.
Mas é algo que chegou de mansinho e em pouquíssimo tempo, ai, ai, que calor no peito.
Corações de abril, despetalado em flores.
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