Faz 1 semana e estou morta. Mentalmente e fisicamente.
Como não escrevo faz 2 dias vou tentar contar por alto tudo que aconteceu. Começando de trás pra frente.
Estou criando feito louca e estudando que nem uma condenada. Pra quem não trabalha há 1 ano, a rotina acordar 7h30 e sair da agência às 21h não é nada estimulante.
Mas o trabalho enobrece a alma e reservar esse tempo para ser criativo (out of box) é incrível.
Sei que vou me destacar aqui. Estou fazendo o meu melhor. Mas não sei até que ponto posso prometer que vou conseguir um emprego aqui. A experiência é indescritível, mas convenhamos eu não falo a língua deles. Estou aprendendo do zero. E sinto uma pressão imensa sobre isso.
Meus pés estão com um calo maior que tudo. Hoje estou de chinelo na agência. Logo eu uma pessoa tão elegante. Desta forma resolvi colocar também o moleton vermelho do nego. Tem o cheirinho dele e me deixa menos feia. Hoje conheci 2 meninas no ônibus: Sarah e Anne (uma da Pensilvânia outra do México). Uma delas me emprestou 10 centavos porque o cobrador não tinha troco e eles não dirigem o ônibus enquanto todo mundo não pagar. Que rolo, rsrsr. Espero encontrá-las novamente no ponto.
Quanto aos meus dias na Miami. Tenho 3 campanhas pra entregar o quanto antes.
Foi uma surpresa pra mim eles terem criado: Yes, I amsterdam. Achei que era coisa do governo ou coisa assim. Mas foi criação dos alunos do último trimestre. Não vejo a hora de comprar uma camiseta à respeito. São lindas.
Bem, eu fui selecionada pra dar continuidade a campanha. Aceito sugestões, hehe.
A outra campanha é extremamente livre e sobre o ato de fazer propaganda.
E a outra, tenho que fazer um obituário: se eu morresse o que gostaria que as pessoas soubessem sobre minha vida e minha bem sucedida profissão? E depois criar um monumento em memória a mim. Piada. Não parece difícil, mas é. Demais.
Não sei porquê mas não vejo a hora de chegar sábado. Passo tanto tempo nesta sala que é impossível conhecer a cidade. E no domingo tenho que limpar meu quarto, organizar minhas coisas e dormir muito, de preferência.
Na terça tive uma experiência interessante. O professor deu aula pra gente no museu. Todos desceram e pegaram as suas bicicletas e foram andando. De repente perceberam que fiquei pra trás. Don’t you have a bike?
Surpresos me emprestaram uma bicicleta que estava sobrando. Andei 1 quarteirão e um dos colegas mostrou que o pneu estava furado. All ready?
Já. Então o plano B foi o professor, um chinês, bem velho, me levar na garupa da dele.
Deve ter as pernas bem fortes. Porque meus colegas que não tinham ninguém na garupa.
Meu bumbum que reclamou. Na chuva por 20 minutos. A cidade não é tão plana como dizem. It´s to hard. Ficamos 2 horas vendo obras de arte que eu pouco entendi. Mas isso acontece sempre. Infelizmente considero os artistas um pouco malucos nos seus mundos e difíceis de ser compreendidos. Enfim, falei que gostei e ainda fiz algumas observações positivas. Afinal, tudo é referência. E nunca precisei tanto delas. E olha que ainda faltam uns 59 museus pra conhecer.
PS: Amo vocês.
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