quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

previsão do tempo

Saí 5h30 de guarujá sentido jabaquara em Sampa. Cheguei às 7h e peguei um metrô para o Tietê. Às 8h35 um ônibus especial para o aeroporto de Guarulhos o qual cheguei 9h20. 11h30 estava embarcando. Tudo dentro do horário apesar das eventualidades. Uma colombiana, gorda e desarrumada, tentava levar um garoto a Paris dizendo que era seu filho. Só se ouviam os gritos quando ela foi presa ali mesmo na fila, umas 7 pessoas atrás de mim, por tráfico de crianças. Comecei a pensar que existia alguma razão por eu estar querendo fugir também desse País. Talvez porque na Europa eu não precisasse esconder meu passaporte dentro da calcinha com medo de ser roubada. Sentei ao lado de uma senhora alemã que disse ter conhecido a Amazonas. Parecia uma daquelas pesquisadoras e aventureiras que usam caqui mas não tinham mais idade, a não ser que estivesse escrevendo um livro. Me senti prestativa quando notei que as aeromoças da TAM não falavam nenhuma palavra em inglês, ainda mais em alemão, e essa senhora estava agradecida por conseguir comer ou beber alguma coisa durante as 13h de voô. É uma falta de preparo mesmo. Mas logo essa sensação passou quando me deparei com os outros alemães que não me tratariam como ela.
Fui recebida com rosas pelo meu amor que me esperava debaixo de 3 graus no aeroporto. Logo fui passando um pouco da minha energia e do sol que tinha guardado para dar a ele quando eu chegasse. No outro dia, quarta-feira, fui visitar os amigos na escola. Descobri que deveria aceitar as mudanças e me contentar com uma cadeira que sobrou no oitavo quarter onde eu ficaria uns 2 meses e meio criando por conta própria. Essa era a verdade fria. Agora, nos finalmentes, seria cada um por si. Eu deveria ter previsto que virar uma profissional não seria tão divertido assim. Minhas "amigas" que deixei agora tinham outras duplas, outros trabalhos a fazer e milhões de outros interesses. E ninguém poderia entender porque esse afastamento me faria tão mal. A minha sensibilidade não afeta ninguém abaixo de zero.
Hoje faz -4 graus. O nego já pegou -13. Eu não tenho mais qualquer força física pra lutar contra esse desânimo, então estou apelando para outras forças. E começo a questionar porque não uso toda a minha criatividade para sair dessa. Abre parenteses (não sei se estaria diferente em Sampa).

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