segunda-feira, 25 de abril de 2011

Goiânia

Tive 12 horas para chegar e mais 13 para voltar. Chegar e partir preenchidos de tanta expectativa. Estavam me esperando. Tinha gente que eu não via há 1 ano, outros que prepararam meu prato preferido para eu vir mais vezes. Eu vim. Trouxe a mala vazia pois se seguir o costume voltaria lotada com seus vários saquinhos de plástico amarrados a ela. Nunca é o bastante. Sempre é muito bom.

Olho pela estrada que muda de vegetação a cada pedágio, quando abro um olho com o outro ainda fechado para separar as moedinhas. Acordei de madrugada e tenho pressa, mesmo que precise de 1 dia para me recuperar depois, sem qualquer programação. Mas o importante é que já estou ali (embaixo das asas). O importante é que sou dali (dos meus pais, tios e amigos) sempre saudosos e com palavras doces. Tão queridos.

Não consegui te ver, não tive tempo. Não consegui sequer deitar na minha cama, rever as fotos antigas, encontrar as cartas perdidas. Estava tudo muito empoeirado. Voltei a trancar o quarto da bagunça, o quarto dos tesouros perdidos. Era como se eu nunca tivesse ido embora. Roupas no armário para o frio ou o calor, pijamas, meias, a escova de dentes, o bicho de pelúcia.

Mergulhei fundo. Abracei tanto. Carreguei minha afilhada nos braços como se eu fosse a criança de 3 aninhos e ela a covinha preferida de se admirar. Como cresceu!

E quando me faltavam 30 minutos. Peguei a caminhonete da mamãe. Liguei o ar- condicionado. Ouvi o CD novo do meu cunhado. E rodei sem destino pela cidade. Não tinha ninguém. Poucos carros nas ruas.

Passei em frente a sua casa. Diminui a velocidade. Olhei para o celular em cima do banco do passageiro. E voltei. Voltei para até a próxima.

Muito obrigada a todos. Sintam-se abraçados quem não encontrei. Meu coração está leve outra vez.

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