quinta-feira, 16 de junho de 2011

Top, top na balada

Ontem me disseram que não é fácil ser normal quando um dia foi TOP. Achei um elogio tão magic power...não pelo "top" mas pelo "normal".

Se eu soubesse antes que não sou obesa, quase um alienigena, contagiosa para a sociedade, passiva de dó, só sou NORMAL já teria aprendido a lidar com a bagagem extra.

Ser normal é passar despercebida por uma construção.
Ser normal é correr atrás de ônibus e competir com um bonitinho pela última poltrona e ele (e seu mp3) ganharem.
Ser normal é enfrentar fila de banco porque você esqueceu a senha para pagar contas pela internet.
Ser normal é pagar 9 reais por bife de figado com ovo colorido.
Ser normal é fazer hora extra, chegar em casa às 10h da noite e ainda ter que lavar roupa.
Ser normal é saber cozinhar todos os pratos que levam pão (pão na chapa, pão com polenguinho, pão com salsicha, pão com mortadela, pão de queijo, pão com nuggets, pão com hambúrger - maionese, ketchup, mostarda).
Ser normal é ter que colocar mais maquiagem, valorizar o que você tem de mais bonito (normalmente os olhos), comprar aquele pote litro de condicionador para banhos de creme diários no cabelo, ou seja, foco total na parte de cima para não contradizer os únicos elogios: "você tem um rosto tão bonito".
Ser normal é acordar às 7h com o despertador, passar dias esperando um telefone tocar, um email chegar, uma festa para comemorar.
Ser normal é... você deve saber. Se não sabe, ponha o seu melhor vestido, troque o dia pela noite, e vá para os holofotes menina, vá brilhar.

Outro dia também me disseram: "você é um mito". Mas isso é assunto para outra história.

Um comentário:

karoline disse...

Amei!!! Vc não é imitavel!